Novas Helenas, velhas disputas: a conciliação do moderno e do antigo em Machado de Assis
Resumo
No presente trabalho, por meio da releitura de elementos da cultura grecoromana presentes no romance Helena, pretende-se discutir a recepção da cultura clássica no projeto literário machadiano, indagando-se sobre as funções a que se presta a incorporação dessa camada intertextual (Bakhtin, 2002) nos escritos do romancista brasileiro. Durante a análise, discutimos como a inteligência do autor contrasta com a boçalidade do mundo observado/ficionalizado à sua volta, no qual a heroína sucumbe tragicamente diante do conservadorismo do Brasil oitocentista. Neste artigo, focalizamos a caracterização psicológica das personagens Estácio e Salvador, a partir da técnica da emulação operacionalizada por meio da reescrita de mitos relativos a personagens greco-romanos, sobretudo da figura de Júlio Cesar.
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