Olho d'água, v. 8, n. 1 (2016)

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Haroldo de Campos: o processo metamórfico

Luiz Costa Lima

Resumo


Haroldo de Campos é um raro inventor. Sua lírica, sua prosa experimental, bem como seu trabalho como tradutor e sua incansável atividade ensaística, cuja qualidade não é só rara no ambiente intelectual nosso e da América Latina, revelam-nos seu olhar arguto para com as luminescências da linguagem. Este artigo se limita a mostrar o que Haroldo extraía de uma narrativa curta de Guimarães Rosa, “Meu tio o Iauaretê”, a partir do processo metamórfico observado no processo de construção mimética da linguagem, a que eu chamo de mímesis da produção. Se a estória cria a cena da representação, a ênfase no posicionamento da palavra presentifica a narrativa.

 

Haroldo de Campos is a rare genius. His poetry, experimental prose, as well as his work as a translator and his unflagging essayistic activity, whose quality is not only rare in the intellectual enviroment of Brazil and Latin America, show his shrewd look towards the luminescences of language. This paper is limited to present what Haroldo extracted from a short narrative by Guimarães Rosa, “Meu tio o Iauaretê”, drawing from the metamorphic process observed in the process of mimetic construction of language, which I call mimesis of production. Whereas such story creates the scene of representation, the focus on the word positioning brings the narrative into the present time.

 


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