Os testemunhos da dor: a poética do trauma e a memória da morte em Marguerite Duras
Resumo
RESUMO: O artigo evidencia indícios do trauma e das dinâmicas de esquecimento presentes em duas produções artísticas de Duras que abrange o período pós catástrofes promovidas pelo nazismo. Uma é o roteiro do filme Hiroshima mon amour (1959), dirigido pelo cineasta francês Alain Resnais quatorze anos após o final da Segunda Guerra Mundial (1945). E o livro A Dor (1985), uma série de textos autorreferentes em formato fragmentário de histórias que revisam o trauma de personagens imersos em movimentos de resistência ao nazismo. Ambas as produções, que mesclam o literário e o cinematográfico, legitimam uma poética própria do trauma, testemunhada por Duras em diferentes frentes: literária, filosófica, performática e de tradução de si.
PALAVRAS-CHAVE: Arte; Hiroshima mon amour; Marguerite Duras; Morte; Testemunho; Trauma.
ABSTRACT: The article shows indications of trauma and dynamics of oblivion present in two artistic productions of Duras that happen in the period after the disasters promoted by the Nazis. One is the script of the film Hiroshima mon amour (1959), directed by the French filmmaker Alain Resnais, fourteen years after the end of World War II (1945). The other one is the book The War (1985), a series of self-referential texts in fragmentary format of stories that review the trauma of characters that were immersed in the Nazi resistance movements. Both productions, which mix the literary and cinematic languages, legitimizes the poetics of trauma, reported by Duras on different approaches: literary, philosophical, performative and self representative.
KEYWORDS: Art; Death; Hiroshima mon amour; Marguerite Duras; Testimony; Trauma.
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