Marcas da violência: o crime e o feio na poesia abolicionista brasileira
Resumo
RESUMO: Esta apresentação tem como interesse investigar algumas imagens do horror na poesia abolicionista brasileira. Há em Castro Alves, em poemas como “Lúcia” ou “Tragédia no lar”, a representação do sofrimento da escravidão a partir de uma dimensão do feio: no “orvalho de sangue”, no “cadáver insepulto”, no “leito de agonias”. Está também em Fagundes Varela, nos “farrapos asquerosos”, nas “chagas não curadas” do poema “A escrava”. Tal investigação procurará percorrer essas imagens a partir do eventual trânsito de representações cristãs, como em “A mãe do cativo” de Castro Alves: “Ó Mãe! não despertes est’alma que dorme,/Com o verbo sublime do Mártir da Cruz!”.
PALAVRAS-CHAVE: Abolicionismo; Crime; Estética; Feio; Poesia romântica brasileira.
ABSTRACT: This presentation aims to investigate some images of horror in Brazilian abolitionist poetry. There is in Castro Alves, in poems like “Lúcia” or “Tragédia no lar”, the representation of slavery suffering from the dimension of ugliness: in the “blood dew”, in the “unburied corpse”, in the “bed of agonies”. It is also in Fagundes Varela, in the “filthy rags”, in the “uncured wounds” of the poem “The slave”. This investigation will seek these images from the eventual transit of Christian representations, as in Castro Alves’s “The Mother of the Captive”: “O Mother! Do not awaken the sleeping soul, / With the sublime verb of the Martyr of the Cross!”
KEYWORDS: Abolitionism; Aesthetic; Brazilian romantic poetry; Crime; Ugly.
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