Olho d'água, v. 10, n. 2 (2018)

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Machado de Assis e I cantanti d’opera italiani: transferências culturais

Ionara Satin

Resumo


Lendo as crônicas de Machado de Assis entramos em contato com muitas culturas e literaturas, dentre elas a italiana. O curioso é que o escritor nunca saiu do Brasil, portanto, o conhecimento que tem da Itália foi adquirido de longe, do seu Rio de Janeiro que nunca abandonará, por meio da leitura de revistas, livros, jornais, correspondências e da vinda de italianos para a cidade carioca. Dessa maneira, a Itália machadiana não seria somente fruto de escolhas pessoais, mas também fruto do contato direto com certos mediadores, que de acordo com o conceito de transferências culturais podem ser tanto um livro, um jornal ou um viajante, um escritor. Os cantores de ópera italianos são parte dessa mediação cultural, transportando até Machado de Assis fragmentos de Itália. Este artigo pretende justamente discutir a contribuição dos cantores de ópera italianos na construção imagética da Itália do cronista com base nos conceitos de transferências culturais, levando em consideração que todo o processo de deslocamento gera uma mudança, uma adaptação.

 

By reading the chronicles of Machado de Assis, we come into contact with many cultures and literatures, among them the Italian one. The curious thing is that the writer never left Brazil, so his knowledge of Italy was acquired from afar, from Rio de Janeiro, which he will never abandon, by reading magazines, books, newspapers, correspondence, and by the coming of Italians to the city of Rio. In this way, Machado’s Italy would not only be the fruit of personal choices, but also the fruit of direct contact with certain mediators, who, according to the concept of cultural transferences, can be either a book, a newspaper or a traveler, a writer. The Italian opera singers are part of this cultural mediation, since they transport fragments of Italy to Machado de Assis. This article intends to discuss the contribution of the Italian opera singers in the chronicler’s imaginary construction of Italy based on the concepts of cultural transference, taking into account that the whole process of displacement generates a change, an adaptation.


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