Olho d'água, v. 11, n. 2 (2019)

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O legado de Memórias póstumas de Machado de Assis

Maria Rosa Duarte de Oliveira

Resumo


Neste ano de 2019, em que se comemora os 180 anos de nascimento de Machado de Assis (1839–1908), nada mais oportuno do que trazermos à lembrança o legado de sua obra, que,

como todo clássico, tem muito ainda a dizer aos leitores de hoje e aos que virão, confirmando a sua contemporaneidade. Memórias Póstumas de Brás Cubas, de 1881, é parte desse legado e é deste romance que trataremos neste artigo. O foco será a “memória”, porém, percebida como aquela construída no próprio corpo do livro, no seu ato de escrita, reescrita, leitura e releitura, em movimento de contínuos reenvios entre capítulos, expressões, personagens, citações e alusões, construindo uma grande rede reverberativa de “lembranças” textuais, à semelhança de um hipertexto.

 

This year 2019, when Machado de Assis’s 180th birthday is celebrated (1839- 1908), is the right moment to bring to mind the legacy of his work, which, like every classic, has a lot to say to readers of nowadays and to those who are still to come, thus confirming his contemporaneity. The Posthumous Memoirs of Bras Cubas [Memórias Póstumas de Brás Cubas], published in 1881, is part of this legacy, and it is this very novel we will deal with in this article. The focus, however, will be on “memories”, perceived as those built into the body of the book itself, in its act of writing, rewriting, reading and rereading, in a movement of continuous crossreferences between the chapters, expressions, characters, quotations, and allusions – a whole set building a large and reverberative hypertext -like a web of textual “memories”.


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