Olho d'água, v. 12, n. 1 (2020)

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Redes de solidariedade e interseccionalidades na literatura e gênero; Contemporaneity; Gender Studies; Intersectionality; Judith Butler; Kimberlé Crenshaw; Literature; Network of Solidarity

Davi Silistino de Souza, Cláudia Maria Ceneviva Nigro, Fernando Luís de Morais, Flávia Andrea Rodrigues Benfatti, Leandro Passos, Luiz Henrique Soares

Resumo


O presente artigo tem como objetivo analisar a importância das diferentes formas de rede de solidariedade e de interseccionalidade para a abordagem feminista nacional e para os estudos de gênero contemporâneos. Compreendemos que as críticas provenientes desses estudos buscam questionar o papel de personagens consideradas subalternas pela tradição patriarcal ocidental, logrando voz e espaço na produção de escritores subalternos. Nossa ênfase crítica, entretanto, firma-se principalmente nos estudos de gênero, por apresentarem mais abertura para a união e o estabelecimento de ajuda mútua com outras “minorias” (LGBTQI+, mulheres e homens de etnias diversas, entre outros). Expande-se, assim, neste trabalho, a concepção de redes de solidariedade dentro dos estudos de gênero, a fim de rever as heterarquias coloniais, pelas quais as ideologias racistas, machistas, homofóbicas, segregacionistas, entre outras, são perpetuadas. Os esforços de pesquisadoras e escritoras contemporâneas fazendo uso de redes de solidariedade e do conceito de interseccionalidade contribuem para a expansão do conhecimento e do respeito ao outro, demostrada por ocasiões de enfrentamento e manifestações de subalternos.

 

This article aims to analyze the importance of the different forms of networks of solidarity and intersectionality for the national feminist approach and for contemporary gender studies. We understand that the criticisms from these studies seek to question the role of characters considered subaltern by the Western patriarchal tradition, achieving voice and space in the production of subaltern writers. Our critical emphasis, however, rests mainly on gender studies, as they present more openness to union and the establishment of mutual aid with other “minorities” (LGBTQI+, women and men of different ethnicities, among others). Thus, in this work, the conception of networks of solidarity within gender studies is discussed, in order to review the colonial heterarchies, through which racist, sexist, homophobic, segregationist ideologies, among others, are perpetuated. The efforts of contemporary researchers and writers presenting networks of solidarity and the concept of intersectionality contribute to the expansion of knowledge and respect for others, demonstrated through moments of confrontation and manifestations of subalterns.


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