Olho d'água, v. 12, n. 2 (2020)

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Magma ou o diário de campo lírico

Fábio Martinelli Casemiro

Resumo


RESUMO: Magma (1997) é o único livro de poemas de Guimarães Rosa. Sua poesia ainda é pouco estudada pela crítica literária brasileira que, muitas vezes, insiste erradamente em diminuir sua força diante da inegável potência de sua prosa posterior. Seus versos tratam de vários temas, mas em geral revelam o olhar do autor sobre a natureza, sempre tratando as particularidades culturais e étnicas dos povos originários. Esse olhar telúrico apropria-se das formas do romantismo indianista para criar uma poesia legitimamente modernista e que se motiva pelo que chamo de busca antropológica que caracteriza grande parte do pensamento crítico e artístico das décadas de 1930 e 1940 no Brasil.

ABSTRACT: Magma (1997) is the only book of poems that Guimarães Rosa wrote. His poetry is still understudied by the Brazilian literary criticism, insisting on overshadowing its strength in the face of the undeniable power of his later prose. Despite dealing with various themes, his poetry showcases the author’s view on nature, which addresses the cultural and ethnic particularities of the native peoples. This telluric approach appropriates the forms of Indianist romanticism to create undeniable modernist poetry that is motivated by what I call an anthropological quest that characterizes much of the critical and artistic thinking of the 1930s and 1940s in Brazil.


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