Referenciais greco-romanos empregados nas tradições manuscrita e impressa entre o quinhentismo e o setecentismo no Brasil
Resumo
Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, a prática de imitação/emulação/referência em relação aos clássicos da Antiguidade Greco-Romana vigorou como regra na escrita letrada e intelectualizada em Portugal e em suas províncias. Tinha por função a comunicação escrita oficial entre as localidades e sua configuração se baseava nas retóricas e poéticas antigas, explorando delas principalmente o ornato, a comparação, o argumento de autoridade, entre diversas outras possibilidades. Está documentada tanto na tradição impressa quanto na tradição manuscrita da escrita portuguesa formal, e, de forma especial, nos escritos de intenção literária, as belas letras. Pode ser comprovada pela profusão de referências, imitações, citações e reconstruções de episódios e personagens, como também pelas citações ou comparações entre a literatura antiga e pessoas da corte ou mecenas, referidas em paratextos convencionalmente produzidos pelos escritores, editores, avaliadas pelos censores e reconhecidas pelos leitores nos encaminhamentos, deferências, dedicatórias e advertências na submissão desses escritos para instituições censórias.
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