Olho d'água, v. 14, n. 1 (2022)

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Traduzir na antiga Roma: fragmentos de uma literatura renegada

Brunno V. G. Vieira

Resumo


Entre suas ideias sobre tradução encontradas em De optimo genere oratorum, Cícero aponta que é preciso traduzir Ésquines e Demóstenes como orator e não como interpres. Essa objeção pode refletir um indício de uma outra vertente de tradução, que propunha uma tradução literal, baseada mais na materialidade da língua de partida do que na transposição de seu estilo (elocutio). Se Cícero na teoria e na prática oferece exemplos do que é traduzir como orator, deixa em aberto as práticas do interpres. Neste trabalho, proponho rastrear alguns fragmentos esparsos de traduções do fim da República e do início do Império que testemunhem essa vertente, trazendo uma reflexão sobre a heterogeneidade das práticas tradutórias na Antiga Roma.

 

https://doi.org/10.29327/2193714.14.1-12


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