Olho d'água, v. 3, n. 2 (2011)

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Identidade, estrangeiridade e máscaras do familiar no romance Fundador, de Nélida Piñon

Roniê Rodrigues da Silva

Resumo


Considerando o pensamento de Julia Kristeva (1994) sobre a estranheza e a alteridade que constituem a condição humana sobre a terra, discutiremos, neste artigo, a construção identitária do personagem de nacionalidade palestina Joseph Smith, do romance Fundador da escritora contemporânea Nélida Piñon, frente à possibilidade de realização do sonho americano. Publicado em 1969, o texto de Piñon narra, em uma das três temporalidades que compõem a narrativa, a saga do personagem migrante, mostrando como sua identificação se processa num espaço de tensão entre a estrangeiridade, traduzida pelos signos da nação estadunidense, e as máscaras do familiar, representadas pela manutenção dos símbolos de nacionalidade palestina dentro do novo lar americano. Com o objetivo de analisar essa conflitante constituição, apoiaremos o nosso olhar investigativo nas falas de teóricos tais como Stuart Hall, Zygmunt Bauman, Edward Said, entre outros.


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