Ingenium e stultitia no programa explicativo da Antiguidade nas Mitologias de Fulgêncio
Resumo
Nos espaços fronteiriços de contato entre culturas podem se reconhecer alguns movimentos, entre outros possíveis: ou a completa aceitação dos elementos da cultura do outro, ou sua completa negação, ou um amálgama a partir de explicações ad hoc que possam agir confortavelmente na convivência que de algum modo se impõe. Com essa premissa, o presente artigo explora o modo pelo qual Fulgêncio, o Mitógrafo, um autor situado na Antiguidade Tardia, na interseção entre a Antiguidade e o Medievo, lê e explica o tema clássico, pagão, do julgamento de Páris a possíveis jovens cristãos de seu tempo. Destaca-se o jogo entre ingenium e stultitia no julgamento, e, como espinha dorsal da obra, tal mito reexplicado reposiciona as ideias de beleza e de sua relação com a virtude.
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