A imaginação empática: romances, pinturas e a mímesis romântica na Grã-Bretanha oitocentista
Resumo
Este artigo discute uma concepção romântica de imitação da natureza analisando relações entre romances e pinturas no século XIX britânico. Tomam-se como objeto as romancistas Emily Brontë e George Eliot, cujas obras foram comparadas a quadros de artistas holandeses seiscentistas, como Rembrandt, e a atividade crítica de John Ruskin, influente crítico de arte da Era Vitoriana. Na esfera dessa mímesis romântica, defende-se a representação séria e fidedigna da natureza em toda sua irregularidade, abrindo espaço para que objetos até então considerados vulgares e relegados ao domínio do cômico — como personagens de baixo estrato social — sejam tratados em uma chave trágica.
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