Prótese para a sensibilidade: religião e abstração em Murilo Mendes
Resumo
A obra de Murilo Mendes tem como imperativo a busca pelo essencial, mas sua poesia afirma e nega, simultaneamente, essa possibilidade. Em seu projeto, a religião e a abstração dialogam como meios de sistematizar e elaborar o sofrimento humano. O presente artigo entende que ambos funcionam como uma prótese para a sensibilidade, capazes de reenquadrar a percepção do mundo. Para tanto, o poeta adota o paradoxo entre ordem e caos como matéria poética, unindo-se a artistas como Ismael Nery e Maria Helena Vieira da Silva na revisão de valores e na renovação artística.
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