Olho d'água, v. 7, n. 2 (2015)

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Clarice Lispector nas margens do real

Isabel Mercadé

Resumo


Neste trabalho, há uma tentativa de aproximação com o que constituiria, para Clarice Lispector, a matéria prima com a qual lidava na criação de seu universo particular, a linguagem. Não a linguagem como é percebida desde Nietzsche, percepção que se transformará ao longo do século XX na ocupação e preocupação de toda tentativa de criação filosófica, isto é, a linguagem sob o signo da suspeita. A falibilidade da linguagem, o modo em que se ocupa dela o pensamento do século XX, e, em especial, as teorias da psicanálise elaboradas por Lacan, relacionando-as com a escrita – ou com o silêncio – de Clarice Lispector, será o ponto de partida desta aproximação.

 

This paper attempts to approach language as the raw material Clarice Lispector used to create her particular universe. It does not see language under the sign of suspicion, a perception which has existed since Nietzsche and that during the twentieth century becomes the main subject and concern of every attempt at philosophical creation. The fallibility of language, the way twentieth century thought looks at it, the psychoanalytic theories developed by Lacan and the relation they establish with the writings – or silence – of Clarice Lispector, are the starting point of this paper’s case.


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