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Esse texto propõe investigar as relações entre lírica e corpo na poesia contemporânea, apresentando a hipótese de que o corpo representa hoje um sujeito esvaecido por um tempo de ausências e efemeridades. A inscrição da corporeidade na lírica seria uma das estratégias para a expressão das faltas do eu. Para analisar essa hipótese, é promovida uma discussão sobre a poesia de Ricardo Domeneck, voltando-se especialmente aos poemas que descrevem um estado de inanição e penúria.

[1] A primeira versão desse texto foi apresentada em uma mesa-redonda no Seminário de Teses da UNESP/Araraquara em 2010. Segue, aqui, a versão completa e revista.