Olho d'água, v. 12, n. 2 (2020)

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Sertão, llano e outras fronteiras: duas leituras da Ecocrítica

Gilberto Clementino de Oliveira Neto

Resumo


RESUMO: Este trabalho busca analisar, sob a perspectiva da Ecocrítica, as formas de interação entre as instâncias humana e não-humana em Vidas secas, de Graciliano Ramos, e “Luvina”, de Juan Rulfo, de modo a demonstrar a atuação de outras formas de vida, que, assumindo função narrativa primordial, medeiam relações entre personagens de distintas matrizes epistêmicas. Nos dois casos existe uma atmosfera fronteiriça entre a esfera humana e o mundo natural. Através da chave conceitual da Ecocrítica, é possível, portanto, observar como essa relação desafia modelos epistêmicos logocêntricos, que consideram o mundo natural apenas como local de ação da vontade humana.

 ABSTRACT: This work aims to analyze, under the Ecocritical perspective, the forms of interaction between the human and the non-human instances in Graciliano Ramos’s Vidas secas and Juan Rulfo’s “Luvina”, in order to demonstrate the action of other forms of life, which, by assuming primordial narrative function, mediate relations between characters of distinct epistemic matrixes. In both cases there is a border-like atmosphere between the human sphere and the natural world. Through the Ecocritical conceptual key it is possible, therefore, to observe how that relation challenges logocentric epistemic models that view the natural world only as a location for the human will to take place.


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