Camilo Castelo Branco, “O clero e o Sr. Alexandre Herculano”
Resumo
Em 1850, Alexandre Herculano (1810-1877) dirigiu ao Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom Guilherme Henriques de Carvalho (1793-1857), uma missiva pública, intitulada “Eu e o clero”, reclamando da ignorância de padres que o acusavam por não ter incluído, em História de Portugal (1846), a lenda do aparecimento de Cristo ao primeiro rei português, D. Afonso Henriques (1109?-1185), na Batalha de Ourique (1139). A conhecida Polêmica de Ourique teve também a participação de Camilo Castelo Branco (1825-1890) com o opúsculo “O clero e o Sr. Alexandre Herculano”, dirigido a Herculano no sentido de admoestá-lo sobre as duras críticas que recebeu de alguns clérigos. Esse texto foi muito pouco analisado e é quase esquecido, contudo, estamos diante de uma interessante produção camiliana, que revela o pensamento do escritor sobre questões relacionadas à Religião e à religiosidade. Para analisarmos a carta, tomaremos como base, principalmente, as propostas de Ana Isabel Buescu, Eduardo Lourenço e Luís Machado de Abreu.
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